sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Frei Beto

Carlos Alberto Libânio Christo
Frei Betto O.P., (Belo Horizonte, 25 de agosto de 1944) é um escritor e religioso dominicano brasileiro, filho do jornalista Antônio Carlos Vieira Christo e da escritora e culinarista Maria Stella Libanio Christo, autora do clássico "Fogão de Lenha - 300 anos de cozinha mineira" (Garamond).

Professou na Ordem Dominicana, em 10 de fevereiro de 1966, em São Paulo.
Adepto da Teologia da Libertação, é militante de movimentos pastorais e sociais, tendo ocupado a função de assessor especial de Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República, entre 2003 e 2010. Frei Betto, foi coordenador de Mobilização Social do programa Fome Zero.

Esteve preso por duas vezes sob a ditadura militar: em 1964, por 15 dias; e entre 1969-1973. Após cumprir 4 anos de prisão, teve sua sentença reduzida pelo STF para 2 anos. Sua experiência na prisão está relatada no livro "Cartas da Prisão" (Agir), "Diário de Fernando - nos cárceres da ditadura militar brasileira" (Rocco) e Batismo de Sangue (Rocco), traduzido na França e na Itália. O livro descreve os bastidores do regime militar, a participação dos frades dominicanos na resistência à ditadura, a morte de Carlos Marighella e as torturas sofridas por Frei Tito. O livro foi transposto para o cinema em filme homônimo, lançado em 2006 e dirigido por Helvecio Ratton.

Recebeu vários prêmios por sua atuação em prol dos direitos humanos e a favor dos movimentos populares. Assessorou vários governos socialistas, em especial Cuba, nas relações Igreja Católica-Estado.

Prêmios:
Prêmio Juca Pato, 1985, com "Batismo de Sangue".
Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, duas vezes: em 1982, pelo mesmo "Batismo de Sangue" e 2005, com "Típicos Tipos – perfis literários".
Intelectual do Ano, título dado pela União Brasileira de Escritores em 1986, por seu livro "Fidel e a Religião".
Prêmio de Direitos Humanos da Fundação Bruno Kreisky, em Viena, em 1987.
Melhor Obra Infanto-Juvenil, da Associação Paulista de Críticos de Arte, por seu livro "A noite em que Jesus nasceu", em 1988.
Troféu Sucesso Mineiro, em 1996, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
Prêmio Paolo E. Borsellino, na Itália, por seu trabalho em prol dos direitos humanos. Foi o primeiro brasileiro a receber o prêmio, concedido em maio de 1998.
Prêmio CREA/RJ de Meio Ambiente, em 1998, do CREA/RJ.
Medalha Chico Mendes de Resistência, concedida pelo Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro em 1998.
Troféu Paulo Freire de Compromisso Social em 2000.
Medalha da Solidariedade do governo cubano, em 2000.
Uma das 13 Personalidades Cidadania 2005, numa iniciativa da UNESCO, Associação Brasileira de Imprensa e jornal Folha Dirigida.
Medalha do Mérito Dom Helder Câmara do Instituto Cidadão, pelos serviços prestados na preservação e fiscalização da gestão pública moral e legal, em 2006.
Título de Cidadão Honorário de Brasília, em 2007, concedido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Bibliografia:
Publicou obras que abrangem diferentes gêneros:

Ficção: Hotel Brasil e Entre todos os homens
Literatura infanto-juvenil: Uala, o amor
Ficção juvenil: Alucinado som de tuba e O vencedor
Ensaio: A obra do artista - Uma visão holística do universo e Sinfonia universal- a cosmovisão de Teilhard de Chardin, Treze contos diabólicos e um Angélico
Memórias: Batismo de sangue e Alfabetto: autobiografia escolar.

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